CHICO CITY
Chico City foi um programa humorístico produzido pela Rede Globo e exibido de 1973 a 1980, semanalmente, tendo como figura principal o comediante Chico Anysio. A direção e o responsável pela produção variaram a cada temporada.
No inicio da história do programa, todos os quadros se passavam numa cidade do interior do Nordeste, a tal Chico City, aproveitando o sucesso da novela O bem amado, que fazia graça com personagens e sotaque daquela região do Brasil. O prefeito era o populista e corrupto Valfrido Canavieira. Seu pai, foi revelado depois, era o Professor Raymundo, que também teve lugar no programa com sua Escolinha. Um dos destaques era o velhote Seu Popó, que vivia implicando com seu companheiro Albamerindo (Jomba) e com suas enfermeiras. O jornal da cidade, que fazia oposição ao prefeito, era escrito por Setembrino, vulgo "Esquerdinha". Na rádio fazia sucesso o locutor Roberval Taylor. Nos comícios de Canavieira, se apresentavam o grupo Baiano e os Novos Caetanos (sátira de Caetano Veloso e os Novos Baianos). A música Vô Batê Pá Tu, de autoria de Orlandivo e Arnaud Rodrigues foi um mega sucesso, inclusive na Europa. Um dos habitantes mais conhecidos da cidade era o famoso Pantaleão, o maior mentiroso do Brasil. Era casado com Terta (Suely Mey), chamada frequentemente por ele para confirmar as "histórias" do marido (pelo bordão "É mentira, Terta?") que sempre se passavam em 1927. O protegido do casal era o famoso Pedro Bó, adulto com postura de criança. Ele era interpretado pelo artista de circo Joe Lester, que era secretário do comediante Jararaca (da dupla Jararaca e Ratinho) que fazia parte do elenco do programa. Pedro Bó seria feito pelo comediante Agildo Ribeiro que, por algum motivo, não pôde interpretar o papel. Lester que estava na gravação acompanhando Jararaca, por indicação de Chico Anysio, pegou o papel, que foi um dos maiores sucessos da época, fazendo muitos shows e gravando discos, sempre para o público infantil, chegando a estrelar o longa "Pedro Bó, o Caçador de Cangaceiros". O bordão "Não, Pedro Bó", foi um sucesso nacional, sendo inclusive o nome da seção da revista MAD onde tinha "Respostas Cretinas para Perguntas Imbecis" O último quadro do programa era com o Véio Zuza, um preto velho tradicional a quem os personagens iam se consultar sobre problemas diversos. Ele sempre respondia com um misto de ironia e bom-senso. Neste quadro, o personagem Negritim, era interpretado pelo filho de Chico, Nizo Neto, também maquiado de negro. Chico protagonizava todos os quadros principais, mas havia alguns exclusivos de outros humoristas, como o "Beleza" (o conquistador da cidade), interpretado por Carlos Leite, e "Os Intelectuais", onde Bertoldo Brecha (o pretenso intelectual de botequim, que vivia travando "sábios" diálogos com um amigo (Martim Francisco), a quem se referia como "Caro colégua", e cujo nome é uma sátira ao dramaturgo e poeta alemão Bertolt Brecht), interpretado por Mário Tupinambá, que voltaria na Escolinha com o bordão "Veeeeeenha!".
Depois, a cidade cresceria, tornando-se uma metrópole, o que daria oportunidade para o surgimento de nova série de personagens, como o Coalhada (sátira de jogador de futebol em fim de carreira), Bozó (que tentava impressionar dizendo que trabalhava na Globo) e Tavares, um malandro alcoólatra, que casou com uma mulher feia e rica a qual chamava de Biscoito (Zezé Macedo).
Mas o destaque era mesmo Chico, que em cada programa de Chico City interpretava vários de seus mais de duzentos tipos: além dos citados, havia também o Coronel Limoeiro, o Professor Raimundo, Quem-Quem (três dos seus mais antigos tipos), Meinha, Mariano, Nazareno, Valentino, entre muitos outros.
Depois do fim do programa, Chico teria na Rede Globo outras atrações, como Chico Total (duas versões. Uma mensal no inicio dos anos 80 e outra semanal em 95), Estados Anysios de Chico City, O Belo e as Feras, Escolinha do Professor Raymundo e o antológico Chico Anysio Show.
Chico City foi uma das atrações do Festival 25 Anos, em 1990, e reapresentada entre 19 de junho e 23 de dezembro de 1989, de segunda à sexta-feira, às 17h30, na versão original de 135 episódios
ELENCO
- Therezinha Moreira
- Jararaca
- Martim Francisco
- Joe Lester
- José de Arimatéia
- Carlos Leite
- Colé
- Ema D'avila
- Fernando José
- Antero de Oliveira
- Glorinha - (Gloria Pires)
- Anizinho - (Nizo Neto)
- Pituquinha - (Alexandre Régis)
- Suely Mey
- Amandio
- Maralize
- Luis Magneli
- Auricéia Araújo
- Leda Lucia
- Luiz Pimentel
- Paulo Rodrigues
- Macedo Neto
- Suzy Arruda
- Iran Lima
- Katita Soares
- Roberto Lopes
- Biléco
- Rita de Cássia
- Wilson Aguiar
- Solange Sue
- Augusto Olympio
- Humberto Fred
- Cardona
- Alfredo Borba
- Russo
- Waldemar Rocha
- Darcy de Souza
- Catulo de Paula
- Jomba
- Silveirinha
- Carmem Palhares
- Nádia Maria
- Nunes Hernandes
- Eliezer Mota
- Chico Silva
- Isabel Camargo
- Sandra Matera
- Aldo Delano
- Nick Nicola
- Luis Orione
- Alfredo Murphy
- Tiririca
- Haydeé Fernandes
- Tutu Guimarães
- André Villon
- Estelita Bell
- Alberico Bruno
- Kleber Drable
DIRETORES
- Mário Lucio Vaz - Supervisão de Augusto César Vannucci
REDATORES
- Roberto Silveira
- Wilson Vaz
- Jomba
PRODUTORES
- Jack Ades
- J. De Camillis
- José de Almeida
TRILHA SONORA
Foi lançado um long play pela Som Livre com músicas da trilha sonora do programa, a maioria de autoria de Chico e Arnaud. Entre elas estava o tema de abertura "Isso é Muito Bom", cantado pela dupla Chris e Christina.
Para iniciar a exibição do quadro é só clicar no respectio link.
01 – Dom Pantaleão – 1973
02 - Armando Cascata, pai curuja
03 - Chico City - 1975
04 - Baiano
05 - Azambuja - 1979
06 - Escolinha do professor Raimundo dos anos 70
07 - Baiano e os Novos Caetanos - 1973
08 - Preto velho
09 - Chico City - 1972
10 - Vinheta de abertura 1 - 1973 a 1980
11 - Dona Slomé mergulhada nas cartas - 1980
12 - Pantaleão - 1974
13 - Vinheta de abertura 3 - 1973 a 1980
14 - Vinheta de abertura 4 - 1973 a 1980
15 - Salomé - 1980
16 - Estados Anysios de Chico City [vinheta de abertura] - 1991
17 - Chico City [abertura] - 1980
18 - Bozó
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