FITA K7
INTRODUÇÃO
A fita cassete ou compact cassete é um padrão de fita para gravação de áudio lançado oficialmente em 1963, invenção da empresa holandesa Philips.
O cassete era constituído basicamente por 2 carretéis, a fita magnética e todo o mecanismo de movimento da fita alojados em uma caixa plástica, isto facilitava o manuseio e a utilização permitindo que a fita fosse colocada ou retirada em qualquer ponto da reprodução ou gravação sem a necessidade de ser rebobinada como as fitas de rolo. Com um tamanho de 10cm x 7 cm, a caixa plástica permitia uma enorme economia de espaço em relação às fitas tradicionais.
O audiocassete ou fita cassete foi uma revolução difundindo tremendamente a possibilidade de se gravar e se reproduzir som. No início, a pequena largura da fita e a velocidade reduzida (para permitir uma duração de pelo menos 30 minutos por lado) comprometiam a qualidade do som, mas recursos tecnológicos foram incorporados ao longo do tempo que tornaram a qualidade bastante razoável como: novas camadas magnéticas (Low Noise, Cromo, Ferro Puro e Metal), cabeças de gravação e reprodução de melhor qualidade nos aparelhos e filtros (Dolby Noise Reduction) para redução de ruídos.
Os primeiros gravadores com áudio cassete da Philips já eram portáteis, mas no final dos anos 70 com a invenção do walkman pela Sony, um reprodutor cassete super compacto de bolso com fones de ouvido, houve a explosão do som individual.
Histórico
O começo
Ainda que estivessem previstos originalmente como meio para ditado, posteriormente incorporados aos receptores portáteis de rádio, as melhoras na qualidade de som fizeram com que o cassete suplantasse a gravação da fita de rolo na maioria de seus usos domésticos e profissionais. Suas aplicações estenderam-se desde o áudio portátil de gravação caseira até à armazenagem de dados para computadores.
A produção em massa dos cassetes compactos de áudio começou em 1964, em Hannover, Alemanha. Os cassetes de música pregravada, também conhecidos como “musicassetes” (MC), foram lançados na Europa no final de 1965. Nos Estados Unidos, em 1966, com uma oferta inicial de 49 títulos pela Mercury Record Company, uma filial norte-americana da Philips.
Sem dúvida, este havia sido inicialmente desenvolvido para ditado e uso portátil; e a qualidade dos primeiros reprodutores não era adequada para música. Adicionando a isso, os primeiros modelos tinham falhas na mecânica. Em 1971, a empresa Advent Corporation introduziu seu modelo 201, que combinou a redução de ruídos Dolby tipo B com uma fita de dióxido de cromo (CrO2). O resultado foi um formato apto para o uso musical e o começo da era dos cassetes e reprodutores de alta fidelidade.
O auge
Entre a década de 1970 e os meados da década de 1990, o cassete era um dos dois formatos mais comuns para a música pregravada, junto aos LPs e, mais adiante, ao CD.
Durante a década de 1980, a popularidade do cassete cresceu, mas como resultado dos gravadores portáteis de bolso e os reprodutores hi-fi como o walkman da Sony, cujo tamanho não era muito maior do que o do próprio cassete. À parte dos avanços puramente técnicos dos cassetes, estes também serviram como catalisadores para o câmbio social. Sua durabilidade e facilidade de cópia ajudaram a trazer música underground rock e punk detrás da Cortina de Ferro, criando um equilíbrio para a cultura ocidental entre as gerações mais jovens. Por razões parecidas, os cassetes chegaram a ser populares em países em desenvolvimento.
O cassete é um suporte analógico, ainda que a Philips desenvolveu um sucessor compatível e digital (o Digital Compact Cassette, o DCC). Também se desenvolveram formatos digitais de fita, como a Digital Audio Tape (DAT).
Decadência
Em muitos países ocidentais, o mercado de cassetes entrou em sério declive desde o seu auge no final da década de 1980. Isto notou-se particularmente com os cassetes pregravados, cujas vendas foram superadas pela dos CDs durante a década de 1990. Em 2001, os cassetes constituíram somente 4% de toda a música vendida nos Estados Unidos. Não obstante, no final da década de 2000, os cassetes virgens ainda estavam sendo produzidos.
Apesar da disponibilidade ampla dos meios de alta fidelidade, os cassetes também seguem sendo populares para usos específicos incluindo áudio para carro e outros ambientes difíceis. Os cassetes são tipicamente mais resistentes a poeira, calor e choques do que a maioria dos meios digitais (principalmente CDs).
Enquanto que os gravadores digitais de voz atualmente sejam mais populares, os gravadores de cassete (e até mesmo microcassete) tendem a ser mais baratos e de qualidade suficiente para tomar notas em palestras, aulas, reuniões, etc. Ainda vendem-se em cassete audiolivros, mensagens religiosas e outros materiais falados. Sua fidelidade mais baixa não é considerada uma desvantagem para tal conteúdo. Enquanto que a maioria dos editores vendem audiolivros em CD, geralmente também oferecem uma versão em cassete a um preço mais baixo. No uso dos audiolivros, onde as gravações podem durar horas, os cassetes também têm a vantagem da armazenagem de 120 minutos (duas horas) de diálogo, enquanto que o CD armazena apenas menos de 80 minutos (uma hora e vinte minutos).
Recentemente, muitas companhias fabricantes do cassete deixaram de produzi-lo a abandonaram o mercado definitivamente, no final da década de 2000, já que este tem sido fortemente desbancado pelos meios digitais com o MP3 player e, ademais, já está disponível no mercado o mais recente em tecnologia de armazenamento, o Blu-Ray, que é o equivalente a mais de 80 cassetes. Todavia, alguns músicos preferem registrar seus trabalhos em fita magnética por razões artística e alguns consumidores preferem comprar cassetes devido a uma suposta riqueza do som analógico.
Tipos de fitas
Por duração
O cassete, dependendo do comprimento da fita, permite diversas durações de gravação. Precisamente, o nome da fita já indica a duração da mesma, como C-60 (60 minutos, 30 para cada lado) Quanto maior o comprimento, mais fina é a fita, a fim de que ocupem o mesmo espaço do cartucho que as de menor comprimento. Quanto mais finas as fitas, pior é a adaptação às da própria caixa, o que pode provocar um mau contato cabeçote-fita, que pode fazer com que a fita se enrosque, podendo danificar o toca fitas. Os fabricantes desaconselham energicamente o uso das C-120 e, em menor escala, as C-90. As fitas que estão (ou estiveram) disponíveis no mercado são:
- C-5 (usada mais como fita de demonstração);
- C-7 (idem)
- C-46;
- C-60 (mais usada até hoje);
- C-74;
- C-90 (outra mais usada, porém em menor escala);
- C-100;
- C-110;
- C-120.
Por material magnético
Utilizam-se diversos tipos de material magnético para os cassetes. Cada um deles tem diferentes requisitos de polarização (bias) e equalização. Segundo este critério, podem-se distinguir quarto tipos de fitas:
- Fita IEC type I (normal): estão baseadas em óxido férrico (Fe2O3) e foi o tipo original de fitas. Usam uma equalização de 120 µs;
- Fita IEC type II: Por volta de 1970, a empresa Basf introduziu o dióxido de cromo (CrO2). Esse tipo de fita requer uma equalização de 70 µs;
- Fitas IEC type III: A Sony desenvolveu uma fita de camada dupla, utilizando ao mesmo tempo óxido férrico e dióxido de cromo. Chamou-se “ferrichrome” (FeCr). Estas fitas só estiveram disponíveis por um curto período de tempo na década de 1970;
- Fitas IEC type IV (metal): Também utilizam equalização de 70 µs e proporcionam novos avanços e melhoras na qualidade de som, assim como mais resistência ao desgaste.
A qualidade se reflete normalmente no preço, sendo as mais baratas as de type I. As fitas type II se consideram como de qualidade de som de CD e as de type IV com qualidade superior à do CD.
Cuidados com as fitas cassete
- Não exponha a fita a poeira e umidade;
- Não exponha a fita a temperaturas extremas (ambientes muito quentes ou muito frios);
- Mantenha a fita afastada de geradores de campos magnéticos, como ímãs, altofalantes, televisores, etc;
- Quando a fita não estiver em uso, conserve-a dentro da capa plástica;
- Para evitar desgravações acidentais, quebre as linguetas de gravação. Caso queira apagar uma fita com linguetas já quebradas,basta cobrir as aberturas deixadas pelas mesmas.
Seguindo estes cuidados, a durabilidade da fita cassete pode ser de 40 anos ou mais.
O FlashBaclMania espera que você tenha gostado.
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